terça-feira, 3 de abril de 2012

Barrinha de ameixa

Já faz um tempo que eu fiz essa receita. Comi uma torta vegana de ameixa num restaurante em Porto Alegre e tentei fazer algo de sabor semelhante. Resultado: essa barrinhha saudável e gostosa. =)


Mas vamos à receita!


Coloquei uma xícara de nozes picadas e umas 10 castanhas (não tinha mais que isso em casa ;p) no processador pra triturar e depois reservei;
Triturei 250g de ameixas e uma banana nanica com aveia e algumas colheres de leite de soja (só pra ajudar a se mexer dentro do processador, talvez nem precise, vai depender de como estão as ameixas que cada um usar);
Misturei tudo com mais cerca de 1/2 xícara de linhaça e coloquei numa forma e levei ao fogo médio por 10 minutos, só pra deixar mais firme pra cortar os pedacinhos depois...

E está pronto! =D

É uma delícia! Aqui em casa todo mundo adorou...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Vigília pelas almas dos animais

Animais têm alma? Há muito tempo índios e negros eram considerados seres sem alma - forma de justificar a crueldade com que eram tratados. Atualmente, surge uma consciência da população que considera animais de estimação como possuidores de alma. O que faz com que estes animais tenham o privilégio que os não domesticados não têm?

A partir destes questionamentos, o grupo ativista pelos direitos animais Pro-Animal realizou na noite desta sexta-feira (02) uma vigília pelas almas animais exploradas e mortas diariamente, fazendo uma alusão a uma das épocas mais contraditórias do ano pela qual estamos passando, o Natal, quando celebramos o surgimento da vida com morte em nossos pratos. O termo alma é entendido pelos ativistas, também, como energia vital, força, espírito, vida, etc., sem fugir do racionalismo ético animalista na qual a luta pelos direitos animais está fundamentada.





Com direito a fogueira e chimarrão, a atividade ocorreu entre um matadouro e um cemitério em São Leopoldo. Durante a atividade, caminhões transitavam levando os animais para a morte (abate) e outros deixavam o matadouro já com as carcaças em câmaras frigoríficas.

Em torno da fogueira, o grupo citou pensadores e defensores da causa como Tolstoy, Pitágoras, Einstein, Ghandi, Paul McCartney, entre outros. Foi feita, ainda, a apresentação das principais causas de exploração e morte de animais, a discussão e queima simbólica dos termos que as compõe. Testes em animais, rodeios, indústria de pele e couro, indústria leiteira, pecuária, uso de jaulas e gaiolas, foram algumas das palavras queimadas.



“Queremos com essa ação chamar a atenção das pessoas de que as ações práticas decorrentes da fé, seja qual ela for, e da espiritualidade, também devem ser extendidas aos demais seres que co-habitam conosco este mundo. Os animais não humanos também querem viver em paz e não sofrer da forma que vem sofrendo pelas mãos humanas!”, destacou Márcio Linck.

Toda a ação foi filmada e em breve estará disponível no blog da Pro-animal.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ativistas do Pro-Animal são entrevistados por alunos de Rádio da Unisinos

Programa irá ao ar no dia 03 de dezembro

Na noite desta quinta-feira, 3 de novembro, os integrantes Juliano Zabka e Fernanda Miron estiveram na Rádio Unisinos para uma entrevista sobre o vegetarianismo. A iniciativa foi dos alunos de Radiojornalismo II, que se interessaram pelo assunto devido ao crescimento da sua popularidade nos últimos anos.
Durante a entrevista, Fernanda e Juliano falaram sobre o que é ser vegetariano e as especificidades do veganismo, que vai muito além da dieta. Os entrevistados falaram também sobre o Projeto Pro-Animal e outras questões sobre alimentação, vestimenta, e ações que fazem parte de sua filosofia de vida.
Ao final do programa, que irá ao ar o dia 03 de dezembro às 12h30 na Rádio Unisinos (103.3FM), a professora Patrícia Weber, ainda ofereceu a rádio para divulgação de eventos e ações do grupo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Direitos animais

Sim, eles têm direitos, assim como nós, e até uma declaração expedida pela UNESCO.  Ativistas pelo mundo todo lutam para garantir esses direitos aos seres não humanos.

            A existência da luta pelos direitos dos animais, assim como pelos direitos humanos não é novidade. Mas cada vez mais a causa vem ganhando adeptos e gerando resultados. O último deles foi a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que coloca em foco a causa animal e os movimentos que a defendem.
No último dia 14, a Anvisa e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmaram acordo para a criação de um centro de desenvolvimento de métodos alternativos para validação de pesquisas sem o uso de testes em animais. O futuro Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (Bracvam) será o primeiro na America Latina a utilizar estes métodos.
A novidade, embora seja um grande avanço e livre muitos bichinhos de torturas muitas vezes desnecessárias, ainda está longe do ideal. Um termo utilizado pelos filósofos e autores da principal bibliografia dos direitos animais explica o porquê disto. Trata-se do especismo.

Mas o que é especismo e o que tem a ver com a direitos animais?
O tremo inicialmente postulado por Richard D. Ryder (filósofo e psicólogo clínico do Hospital Warneford, em Oxford), em 1970 em seu livro “Vítimas da Ciência”, publicado em 1975, designa a discriminação generalizada, praticada pelo homem contra outras espécies, para estabelecer um paralelo com o racismo.  
A discriminação especista pressupõe que os interesses de um indivíduo de outra espécie animal, são menos importantes pelo mero fato dele pertencer a um determinado grupo. O termo foi muito utilizado pelo filósofo Peter Singer, autor de Libertação Animal, livro referência no assunto no mundo todo.
Para o Grupo Anti Especismo de Porto Alegre (GAE POA), que luta pelo fim de todas as práticas exploratórias realizadas pela espécie humana contra as demais, sustentar a posição de direitos para humanos e negá-las a não-humanos é uma atitude especista.
E nesse preconceito da espécie humana para com as demais, há também um especismo seletivo, que elege os seres que nos servirão de companhia, de entretenimento, de vestuário ou de alimento. É uma classificação que determina que direitos terá - ou não - cada um. “Separar em categorias faz parte da covardia humana e o derradeiro alvo - oficial - são os animais não-humanos”, afirma Marcio de Almeida Bueno, jornalista e membro fundador da Vanguarda Abolicionista (VAL), que também luta contra a exploração dos bichos em Porto Alegre.
Segundo o movimento, é devido a este preconceito, tão comum e muitas vezes imperceptível na sociedade, que é tão difícil garantir a igualdade de direitos. E essa dificuldade fica clara quando pensamos nos tratamentos que a lei impõe a espécies distintas. “Confine ou esquarteje um panda e será visto como um monstro. Faça o mesmo com um porco e alguma autoridade irá apertar sua mão na Expointer”, apontou Márcio.

Mas afinal, por que defender animais?
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada pela UNESCO em 1978, em Paris, todos têm o mesmo direito à vida e à proteção do homem; nenhum animal deve ser maltratado nem usado em experiências que lhe causem dor. E estudos comprovam que, além da dor, os animais são capazes de sentir medo. Além disso, todos os vertebrados são sencientes, ou seja, têm consciência da própria existência.
Pela filosofia utilitarista, que busca pensar as atitudes levando em conta o bem-estar do conjunto dos seres sencientes, é compromisso moral agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar. Desta forma filósofos como Peter Singer partira em busca do cumprimento desse compromisso.
Para Maria de Nazareth Hassen, que foi uma das fundadoras do GAE, os animais não podem ser considerados meros objetos ou propriedade vítimas de exploração. “Além do mais, eles não têm como se defender. Nós somos sua voz. Sem o nosso trabalho de denunciar os crimes dos quais são vítimas, os animais seguirão na escravidão indefinidamente”, afirma.

Uma questão de educação
Como conseguir levar adiante a defesa dos bichos?
Igual a todo pensamento coletivo, trata-se de uma questão cultural. Para modificá-la é preciso atuar na educação. É o que pensam Márcio e Nazareth. “A educação é lenta, mas duradoura, por isso também atuamos neste setor”, diz o ativista da VAL.
Nazareth ressalta, entretanto, que o trabalho deve ser contínuo para gerar resultados. “Palestras têm efeitos curtíssimos. Para efeito em escala, acho essencial a formação de professores. Outras formas de ativismo podem atrair uma ou outra pessoa, até mesmo um grupo volumoso de pessoas, mas que não chegam a impactar a economia baseada na exploração animal”, aponta.
A fundadora do Projeto Pró-Animal, de São Leopoldo, Ursula Marianne Strauch concorda. “Para chegarmos lá é necessário educar as crianças. É preciso trabalhar com os professores!”, declara.
Outras formas imediatas de proteger os animais, segundo os ativistas é se tornando vegetariano, afinal, como afirma Peter Singer em Libertação Animal, a maioria dos animais maltratados pelos seres humanos são animais de criação, ou seja, aqueles destinados à alimentação.
A defesa dos animais deve, aliás, começar por aí, afirma Ursula. “Somente se eu vivo isso a defesa dos animais no meu dia a dia posso exigir dos outros que algo seja feito. Se eu como porcos, galinhas e aceito seu sofrimento, não sou confiável para defender cavalos, cães, camelos, cangurus. Pior do que isso, sou ridículo”, diz.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Torta salgada de PVT

O título é pouco criativo, mas como fui eu quem inventou, não sei como chamar... Além do mais, é de fato uma torta salgada recheada com molho de PVT. Modéstia à parte ficou uma delícia! Então vamos à receita!


Ingredientes molho:

1 cebola média

2 dentes de alho

3 tomates médios cortados em cubos

1 pimentão pequeno (usei o verde, mas qualquer um fica bom)

½ xícara de PVT (proteína de soja) hidratada

1 colher rasa de sal

Temperos à vontade (usei manjerona, pimenta e gengibre)

Ingredientes massa:

1 xícara de farinha de centeio

1 e ¾ de xícara de farinha de trigo

1 colher rasa de sal

½ colher de sobremesa de açúcar

¼ xícara de óleo

1 e ½ xícara de água (ou mais, até dar o ponto de massa de bolinho de chuva, pois é uma massa meio mole, mas não demais)



Modo de fazer:

Molho

Pique o alho e a cebola em cubinhos pequenos e frite em um fio de óleo por uns três minutos, sempre mexendo. Acrescente o pimentão e o tomate. Mexa por mais uns dois minutos. Coloque o sal, os temperos e a PVT e cozinhe por mais uns minutinhos.

Massa

Misture todos os ingredientes secos e depois acrescente o óleo e a água até obter o ponto desejado.

Montagem

Coloque uma parte da massa em um prato que possa ser levado ao forno e jogue o molho por cima. Guarde um pouquinho para “pincelar” por cima da outra camada de massa que vem em seguida. Depois é só assar por cerca de 30 minutos. Voalá! Está pronto! :)


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Opções éticas e saborosas

Boa noite a todos e a todas, seguidores e leitores esporádicos e até mesmo a você que a página por engano. Embora não seja exatamente esta a proposta do blog, decidi postar receitas e demais opções culinárias saborosas e não-cruéis para os amigos vegetarianos como eu e também para os onívoros que não creem que a comida vegetariano pode ser sim saborosa e apetitosa. Por isso preparem-se que vêm gostosuras por aí... Mas continuarei com meu textos habituais e, infelizmente, também esporádicos.
Amplexos e até o próximo post.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quem é e onde está Deus?

Quem nunca se fez esta pergunta? Por mais religiosos e crentes que sejamos, sempre há momento em que nos deparamos com a incerteza. Afinal, quem é Deus? Por onde Ele anda e por que não vem até mim?

Nos últimos dias comecei a ler o livro A cabana, de William P. Young, e essas perguntas, que me são muito frequentes, vieram em um turbilhão. Para alguns parece tão fácil crer e confiar; para outros é mais fácil desacreditar em tudo. E aqueles que não escolheram nem acreditar nem desacreditar? E aqueles que, como eu, precisam de respostas? Acho que nós, os inconformados, talvez estejamos mais próximos da resposta, pois não aceitamos qualquer coisa. Mas como chegar a resposta certa?

Sinceramente, não sei. Tudo o que sei é que tenho fortes razões para supor que existe algo maior acima ou abaixo de nós, senão os dois. E não se trata de religião. Duvido muito que as respostas que procuramos esteja na igreja ou no mosteiro, no templo ou em qualquer outro lugar que propague uma religião. Se existe um Deus, Ele é maior e melhor do que isso.

Não estou dizendo que ter uma religião é errado, até porque, quem sou eu para dizer o que é certo ou errado? O que quero dizer é que não creio que exista apenas uma resposta, logo, não há a penas um caminho, uma religião. Se Deus existe, e eu acredito que sim, Ele não é o que nos dizem na igreja ou mesmo na Bíblia. Pelo menos não exatamente nem somente isso.

Qual é, o assunto aqui é Deus, não equações matemáticas. Quem pode dizer que o conhece? Se alguém disser que sim, eu direi que esta pessoa não sabe muito. Como diria Sócrates, "só sei que nada sei" e a consciência de minha ignorância é o princípio de minha sabedoria.

Não conheço Deus profundamente, mas se sei alguma coisa a seu respeito é que ele não é simples ou exato. Se Ele fez a todos nós, seres completamente complexos e inexatos, como poderia Ele ser simples? Se nem mesmo uma mãe conhece seu filho completamente, como poderíamos nós conhecermos a Deus? Ainda mais com todas as contradições a seu respeito que nos são passadas por padres, professores de catequese, tios, pais, irmãos.

Quando somos crianças nos dizem que Ele é bom, misericordioso e amoroso. Mas também nos falam de um tal de temor a Deus que devemos ter, falam dos castigos, das pragas, de sua tirania. Que paradoxal esse nosso Deus. Como compreendê-lo desse jeito? Como amá-lo? Não existe amor motivado pelo medo. Não amamos nosso pais porque os tememos, mas sim porque podemos confiar neles e no seu amor por nós. Com Deus não deveria ser da mesma forma?

Se um dia eu tiver um filho ou um afilhado a quem eu possa dizer alguma coisa a respeito de Deus, tudo o que direi é que Deus está em nós mesmos e em tudo o que há de bom a nossa volta. Não há resposta correta e cada um deve procurar em si mesmo o Deus que lhe faz bem e que aplaca sua necessidade de acreditar em algo ou alguém maior. E a única convicção na qual me apoio é de que meu Deus é bom e não precisa de sacrifícios nem fanatismos. Ele é bem maior que isso.