terça-feira, 17 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

E a cinderela teve chulé para sempre....

Ah, os contos de fadas.... Lindos, mas... Alguém já parou pra pensar no que que há por trás dos contos de fadas? Todo aquele enredo de princesinhas indefesas e príncipes heróis salvadores tem por trás muito mais do que mero entretenimento para garotinhas de 0 a 12 anos (ou mais, que seja). É, com certeza!

Alguém já pensou no machismo por trás dos contos de fadas? Sim, há muito machismo nessas historinhas para crianças. São sempre princesinhas indefesas, nunca príncipes indefesos... Sâo sempre garotas à espera de um homem que virá salvá-las. Uma princesa de contos de fadas nunca é autosuficiente! 

Basta olhar para a Cinderela, que só teve sua liberdade quando o príncepe a resgatou da bruxa má, mas não sem antes fazê-las experimentar o sapatinho que metade do reino já havia experimentado. Ele devia ser cegueta mesmo para não notar quem era sua princesa sem o sapato.

Depois temos rapunzel que deve ter cefaléia até hoje, coitada! Teve um príncipe pendurado nas tranças para resgatá-la. Talvez não existissem escadas naquela época. E com certeza quem escreveu a história subetima a inteligência feminina, pois qualquer ser com cérebro teria cortado a trança para descer, mas tudo bem... talvez não houvesse tesouras nem objetos cortantes naquela época. Se bem que os príncipes sempre têm espadas...

E a Bela adormecida que ficou cem anos dormindo... À espera do príncipe que a resgataria do feitiço e das armadilhas da bruxa má. Sempre um príncipe... Não poderia ser uma fada madrinha? Uma bruxa boa? Não, tem sempre que ser um homem a resgatar a princesinha.

Nessa mesma linha temos ainda Branca de Neve. Essa até foi corajosa, fugiu, mas não sem a ajuda de um homem, claro. E foi parar em uma casinha com muitos homenzinhos, para os quais lavou, passou e cozinhou, até ser enfeitiçada por uma maçã e finalmente esperar e encontrar seu príncipe salvador.

Há muitos mais, talvez até mais machistas, como a Princesa e a ervilha, por exemplo, mas esses são os mais clássicos e são perfeitos exemplos de que contos de fadas tentam produzir na mente das crianças o machismo e a submissão feminina. Em pleno século XXI está na hora de contos mais estilo Shereck, contos gays, enfim, contos de fadas que tenham algo realista e condizente com a sociedade que temos e a que queremos para ensinar às crianças em meio a fantasia.