quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quem é e onde está Deus?

Quem nunca se fez esta pergunta? Por mais religiosos e crentes que sejamos, sempre há momento em que nos deparamos com a incerteza. Afinal, quem é Deus? Por onde Ele anda e por que não vem até mim?

Nos últimos dias comecei a ler o livro A cabana, de William P. Young, e essas perguntas, que me são muito frequentes, vieram em um turbilhão. Para alguns parece tão fácil crer e confiar; para outros é mais fácil desacreditar em tudo. E aqueles que não escolheram nem acreditar nem desacreditar? E aqueles que, como eu, precisam de respostas? Acho que nós, os inconformados, talvez estejamos mais próximos da resposta, pois não aceitamos qualquer coisa. Mas como chegar a resposta certa?

Sinceramente, não sei. Tudo o que sei é que tenho fortes razões para supor que existe algo maior acima ou abaixo de nós, senão os dois. E não se trata de religião. Duvido muito que as respostas que procuramos esteja na igreja ou no mosteiro, no templo ou em qualquer outro lugar que propague uma religião. Se existe um Deus, Ele é maior e melhor do que isso.

Não estou dizendo que ter uma religião é errado, até porque, quem sou eu para dizer o que é certo ou errado? O que quero dizer é que não creio que exista apenas uma resposta, logo, não há a penas um caminho, uma religião. Se Deus existe, e eu acredito que sim, Ele não é o que nos dizem na igreja ou mesmo na Bíblia. Pelo menos não exatamente nem somente isso.

Qual é, o assunto aqui é Deus, não equações matemáticas. Quem pode dizer que o conhece? Se alguém disser que sim, eu direi que esta pessoa não sabe muito. Como diria Sócrates, "só sei que nada sei" e a consciência de minha ignorância é o princípio de minha sabedoria.

Não conheço Deus profundamente, mas se sei alguma coisa a seu respeito é que ele não é simples ou exato. Se Ele fez a todos nós, seres completamente complexos e inexatos, como poderia Ele ser simples? Se nem mesmo uma mãe conhece seu filho completamente, como poderíamos nós conhecermos a Deus? Ainda mais com todas as contradições a seu respeito que nos são passadas por padres, professores de catequese, tios, pais, irmãos.

Quando somos crianças nos dizem que Ele é bom, misericordioso e amoroso. Mas também nos falam de um tal de temor a Deus que devemos ter, falam dos castigos, das pragas, de sua tirania. Que paradoxal esse nosso Deus. Como compreendê-lo desse jeito? Como amá-lo? Não existe amor motivado pelo medo. Não amamos nosso pais porque os tememos, mas sim porque podemos confiar neles e no seu amor por nós. Com Deus não deveria ser da mesma forma?

Se um dia eu tiver um filho ou um afilhado a quem eu possa dizer alguma coisa a respeito de Deus, tudo o que direi é que Deus está em nós mesmos e em tudo o que há de bom a nossa volta. Não há resposta correta e cada um deve procurar em si mesmo o Deus que lhe faz bem e que aplaca sua necessidade de acreditar em algo ou alguém maior. E a única convicção na qual me apoio é de que meu Deus é bom e não precisa de sacrifícios nem fanatismos. Ele é bem maior que isso.